“No one has ever beaten the Dark Lord, but you just might”.
A essa altura do campeonato, começo a achar que cada episódio de Sabrina é pensando para desenvolver-se como um mini filme, ainda que no contexto geral, seja uma peça de um grande quebra-cabeça. Faz sentido para vocês? É quase como se cada episódio fosse pensando para funcionar individualmente, abordando uma história que começa e termina em 1hr; ao mesmo tempo que lentamente ele desenvolve-se, deixando pequenas pistas do que virá a seguir, do grande plot final.
É uma estratégia legal, preciso confessar. Mas sei que não fui totalmente cativada por ela ainda. No entanto, posso dizer sim que a série parece ser gradativa, isto é, ela parece melhorar a cada episódio. E isso é um ponto extremamente positivo.
Sabrina é uma personagem carismática, mesma com o pouco destaque de Salém. Ambrose é um personagem maravilhoso, e acrescenta bastante a história. Digo, sabemos que ele está em prisão domiciliar, mas até agora não foi abordado o motivo. E creio eu, deve ser uma história e tanto. As tias, em suas personificações de “bem” e “mau” são fundamentais. Harvey é um bom escape romântico, apesar de não curtir esses relacionamentos melosos, sei que é um casal cativante e essencial. Mas o destaque eu gostaria de deixar nas amigas, assim como em todo o núcleo do colégio Bexter.
No meio de todo suspense e drama satânico, eles tomam seu tempo para abordar temas como feminismo, fascismo, descriminação e bullying, e nos tempos em que vivemos, isso é de suma importância. Sabrina, por si só, já é um personagem empoderador. É uma adolescente desafiando o próprio Diabo. Mas todo esse contexto que é aplicado na escola me deixa realmente contente. É legal saber que as produções atuais se importam mais com esses temas e tentam não fugir da necessidade de representação.
Em contrapartida à todo esse pensamento upfrontting, temos o cume do episódio: o julgamento de Sabrina por “quebra de promessa de noivado”, basicamente. Ao desistir de assinar seu nome no Livro da Besta, segundo as leis do obscuro, Sabrina não honrou uma promessa e deve pagar por tal feito.
Ao longo de todo episódio, ficou notório para nós como Sabrina está mudada. Seu semblante já não é mais o mesmo depois de tudo, e mesmo nos momentos de alegria, ela não está totalmente ali. Todos esses acontecimentos vão pouco a pouco sugando-a, é exaustivo.
O Diabo segue com suas artimanhas, mas Sabrina permanece firme. Tivemos algumas revelações de segredos nesse episódio, mas é claro que ainda temos muitos outros por vir, assim como ainda temos muitas perguntas à serem respondidas. Eu não consigo imaginar o pai de Sabrina vendendo a alma de sua filha assim tão facilmente. Ainda mais após a visão que a menina teve em seu batismo obscuro, em que seus pais a diziam para fugir.
Com certeza, ainda há minha linha para ser desenrolada daí, e provavelmente muita dor para a Sabrina lidar também. Secular a toda a saga de livramento de Sabrina, ainda temos a morte desse Warlock, e a possível ameaça de um caçador de bruxas à solta. O que, provavelmente, será melhor explorado nos episódios seguintes.
No fim, Sabrina “venceu” seu julgamento. Mas será mesmo? Todos parecem bastante empenhados em despachar Sabrina para a Escola de Artes Ocultas, e claro, é um caminho necessário para o desenrolar da história. Mas uma coisa é fato, Sabrina não irá abrir mão de seus direitos e de quem verdadeiramente é assim de forma branda. Ela irá lutar e seguir lutando, pode ter certeza.