Um episódio daqueles que a gente não sabe se ama ou odeia.
O episódio começa com um flashback mostrando um pouco mais de Erg, o líder dos Morlocks, que foi traído pela mulher humana que ele amava. Isso explica o porquê dele querer que os Morlocks fiquem longe dos humanos, o que lhe dá uma certa razão, mas ao longo do episódio acompanhamos a desconstrução dessa ideia quando Glow é baleada em uma das saídas para conseguir comida e Blink resolve pedir ajuda a Caitlin e Marcos.
O que nos leva a uma narrativa bem previsível. Erg descontrói, talvez não totalmente, seu pensamento a cerca da participação de humanos nos problemas dos Morlocks depois de Caitlin conseguir salvar Glow e até ai tudo bem, ela vem de uma crescente incrível e se tornou uma das melhores personagens da série mesmo com nenhum poder. Mas, é perigoso desmistificar a ideia de que humanos são perigosos porque, querendo ou não, está acontecendo uma guerra e, os mutantes estão no lado mais fraco. Logo, a preocupação de Erg em proteger os Morlocks é justa. No entanto, reitero a importância da Caitlin na série e é válido que ela seja reconhecida pelo lado mutante, inclusive, a cena no final a qual ela é ”marcada” é muito bonita.
Também acompanhamos Lorna tentando conseguir informações dos planos de Reeva e, sinceramente, eu não poderia estar mais decepcionado. A personagem tinha um enorme potencial e sinto que ele foi jogado fora. Ela era a promessa pra essa temporada, uma personagem forte e destemida e que hoje é resumida em uma personagem medrosa e aflita com suas ações. Ela quem deveria ser líder, ela quem deveria estar na frente de uma revolução mutante, e não jogada de canto e se colocando em risco de maneira estúpida.
Porém, foi interessante ver que o outro lado do Marcos ainda está lá e que a série não tem medo de matar personagens, além de fazer de um ”mocinho” alguém com coragem de matar a sangue frio uma ameaça. Particularmente, acho isso interessante e mostra que The Gifted tem potencial, apesar de tudo. Resta saber no que isso vai dar, já que a morte de Max praticamente é devido as investigações de Lorna e a intervenção de Marcos na situação.
Por fim, o outro ponto importante do episódio foca em como Lauren está lidando com a conexão que ela possui com Andy, assim como a influência que o poder dos Fenris tem sobre ela. Claro que o drama a cerca dos Strucker está começando a saturar, mas nesse caso eles souberam trabalhar bem e a atriz que interpreta a Lauren está arrasando. Mas, a gente não pode deixar de dizer o quanto Reed tem culpa nessa situação toda e ele mesmo admite isso. Ele é a pessoa que mais sabe o que Lauren está passando, e precisou ela estar em um momento crítico pra ele tomar as rédeas da situação. Um pai desses, hein? Deus me livre.
Foi um bom episódio, a série está caminhando pra um bom fim de temporada ( espero não estar enganado) e, apesar de muitos pontos que devemos discutir a respeito da situação atual da série como esse drama dos Strucker que já deu, ou essa Lorna que precisa acordar pra vida, a série está sólida e está mostrando que pode nos entregar coisas boas.