Quando nada acontece, um monte de coisa começa a acontecer.
No episódio dessa semana, ou aquele que não vazou, umas dúvidas que a gente tinha começaram a ser respondidas, e o foco foi exatamente nessas respostas do que no avanço da história em si. De certa maneira, responder dúvidas é uma forma de fazer a história andar, mas pra fins de Kevin indo atrás da Eve e da Max nada de muito novo aconteceu.
Depois de levar o tiro, eles precisam levar Bryan até o hospital, caso ainda exista um na cidade. No fim das contas, existe e ele ainda tá funcionando, apesar do nevoeiro ter tomado conta de tudo. Rapidamente os médicos e enfermeiros tomam conta e já levam ele para ser tratado. Ficam então Kevin, Mia e Adrian, sem muito rumo. Devido a ligação que foi surgindo entre Bryan e Mia, é ela a pessoa mais afetada pelo ferimento dele e ela diz que Kevin vai ser o responsável caso aconteça alguma coisa com ele. Ela a culpa por não ter dado um tiro em Clay.
Como é comum em obras do Stephen King (sim, The Mist é uma adaptação de um conto dele), temos flashbacks. E eles mostram um passado relativamente distante, no qual eles ainda estão se mudando para a casa à beira do lago e Max ainda é uma criança pequena. Essas voltas ao passado servem para nos mostrar duas coisas: o motivo da conturbada relação de Kevin com seu irmão e das um início de explicação do porquê de toda cidade chamar Eve de vadia e outras palavras igualmente não elegantes.
Todo o episódio se passa dentro do hospital, sem mostrar o que aconteceu no shopping ou na igreja, então tudo gira ao redor dos 4. Mia é a que a tem a história menos desenvolvida nesse momento, mas ainda assim fala-se sobre ela. Ela é a mais abalada com tudo que Bryan sofreu, e a primeira a querer visitá-lo depois da liberação do médico. E ela é a que mais se desespera ao saber que tudo que sabe sobre ele é uma mentira.
Enquanto isso, Kevin resolve perguntar pelo hospital se alguém viu ou tem alguma informação sobre o resto de sua família. Ninguém viu Eve ou Alex e ele entra em um quarto e senta em uma maca, percebendo que talvez nunca mais as veja. Quando ele começa a chorar, uma voz diz algo e ele percebe que aquela pessoa na maca do lado é seu irmão. Seria muito bom esse reencontro, pena que o irmão tem uma barra de ferro perfurando o fígado. E os remédios do hospital tão acabando. E a parte onde são feitas as cirurgias e procedimentos mais complicados tá tomada pela névoa. E que ele o irmão haviam brigado há anos, por causa da Eve. Mas tirando isso, tá tudo bem de boas.
Daí, tem a questão do Adrian, que certamente é a mais controversa de todo o episódio. Naturalmente, têm várias pessoas dentro do hospital, afinal a névoa veio do nada. Dentre essas pessoas tem alguém que o Adrien conhece, alguém que o xingava e tratava mal apenas por ele ser gay (lembram daquela cena no primeiro episódio, quando ele e a Alex chegam na festa e o Adrian é empurrado por um cara? Pois então, é esse cara). Em um primeiro momento, eles apenas se cumprimentam, de longe, mas em seguida o cara entra no banheiro e Adrian vai atrás. Ele conta que foi levar a mãe no hospital e acabaram ficando presos lá dentro. Aí começa a parte estranha. Depois de um instante de silêncio, Adrian se aproxima dele e dá um selinho nele. A impressão inicial é que o cara sabia que aquilo ia acontecer mas que não fez nada para evitar. Porém, do nada, ele dá um soco em Adrian e começa a bater nele, com chutes e pontapés, chamando ele de viado e de todos os xingamentos possíveis, aparentando estar com genuína raiva do rapaz por tê-lo beijado. Depois de apanhar, Adrian levanta com dificuldade e vai na direção de seu agressor. Novamente, ele dá um beijo. QUE DESSA VEZ É CORRESPONDIDO (eu fui bem inocente em não ter percebido que a cena ia acabar desse jeito, tava tudo jogado na nossa cara). No fim das contas, eles até transam no banheiro.
Voltando pra Mia e a coisa de descobrir que o Bryan não era quem ela pensava. Depois da cirurgia, ele foi levado para algum quarto, pra repousar e essas coisas todas. Por não saber qual quarto era, ela pergunta para uma funcionária do hospital pra onde foi o Bryan. Quando ela chega lá, tem outra pessoa deitada na cama. Alguém realmente parecido com o Bryan que a gente conhece, mas que é uma pessoa diferente. Ele diz que se chama Bryan e que foi atacado por alguém nas montanhas e que foi parar no hospital, sem saber quem aquela pessoa era. Ele faz uma descrição de quem lhe atacou, e essa pessoa parece bastante com o nosso Bryan. Mia sai do quarto e para pra conversar com Adrien, e depois de algumas palavras, ela pega as chaves do carro e vai embora dali.
Agora Kevin. Já que o irmão dele iria morrer ali por causa de alguma infecção que os médicos não conseguiam mais combater sem remédios, ele toma a decisão de ir até a ala oeste, onde fica a ala cirúrgica. É uma decisão aparentemente idiota, porque a área tá tomada pela névoa e a gente, e ele, sabe o que a névoa é capaz de fazer. Mas como o irmão iria morrer de qualquer jeito, por que não né?
Pausa pro flashback. Depois de uma transa tórrida, aparentemente fora do comum para o casal, eles começam a falar sobre as coisas que o irmão de Kevin fala sobre ela, principalmente pelas costas dele. Kevin decide ir falar com o irmão, buscando defender a honra da esposa. Mas ela se nega, falando que não precisa que ele a defenda das coisas, não mais. E depois é dito que não há mais relações entre ele o irmão.
Voltando. Descobrimos que o motivo da briga entre os dois irmãos foi na realidade o fato de que o mais velho era apaixonado por Eve, mas foi Kevin quem conseguiu conquistá-la. Mas eles vão para o centro cirúrgico, com o médico dizendo por rádio tudo o que deve ser feito (e eu achando que o Kevin era formado em Grey’s Anatomy). A cena por si é bastante forte, com bastante sangue, injeções e cortes, então nem vou perder muito tempo descrevendo o que acontece. Mas, no fim das contas, dá tudo certo e a “operação” é um sucesso. Porém, já foi um perrengue passar pela névoa, já que ela fez sangue sair das unhas do irmão e pareceu afetar mais ele do que Kevin. Na volta, logo de saída, ele já começa a tossir e sangue sai pela sua boca. Mais adiante, Kevin escorrega em uma poça de sangue e o carrinho cai no chão. Começam a cair em cima deles uns bichos estranhos, que eu acredito que sejam sanguessugas, e elas buscam entrar no irmão, de todos os jeitos possíveis, por onde for possível – lembrando que o ferimento foi fechado com grampos e não com os devidos pontos. Antes, no quarto, o irmão pede que Kevin acabe com o seu sofrimento, já que a dor estava se tornando insuportável e não havia saída para aquela solução. No momento, Kevin se negou a fazer qualquer coisa, já que não iria matar o seu próprio irmão, por mais distantes que eles fossem. Porém, ao ver seu irmão sendo…. soterrado, numa falta de palavra melhor, por sanguessugas, ele não teve escolha. Com a anuência do irmão, deu um tiro na cabeça dele, finalmente acabando com o sofrimento dele.
No fim das contas, dá pra gente tirar mais alguma coisas. A névoa afeta mais as pessoas que já estão com algum ferimento. A névoa consegue entrar na mente das pessoas e trazer à tona que só elas poderiam saber. E ela tem uma forte relação com insetos, de todos os tipos. Vamos ver onde isso vai dar, no fim das contas.