O que esperar?
Esse episódio foi muito bem construído e dirigido. O nome dele, A Sala de Espera, já traduz exatamente a agonia que foram os 40 e tanto minutos do que acompanhamos na tela, momentos de tensão e uma emoção quase que monótona, algo que não tem como explicar. Momentos como esse em que estamos dominados pelo cansaço, exaustão, tensão, medo e que eclodem vários tipos de discórdia, mas como Rebecca bem disse é como se nada tivesse importância dentro daquela situação tão intensa e tensa.
Eu experimentei justamente os tipos de sentimentos que os próprios personagens vivenciaram durante o episódio. Senti raiva do Kevin, do Randall, da forma infantil como eles lidaram com aquilo algumas vezes, senti pena do Kevin pelo momento perigoso e difícil que ele ta vivendo, me frustrei com o Randall com a forma que ele tentava ajudar as coisas com a Beth e parece que só piorava mais a cada frase e, claro, o tempo todo sem esquecer a angústia do que iria acontecer com o bebê Katoby. Tantos sentimentos que foram tomando naquele pequeno grande espaço de tempo que é até difícil de listar e a minha sensação é que apesar de todos ali estarem esperando por algum em comum que era justamente notícias da Kate e do bebê, todos ali estavam esperando por algo em particular: Kevin lidando com o alcoolismo onde a espera é torturante, Zoe esperando pra ver o que seria da conversa dela com Kevin sobre essa recaída, Beth esperando pra ver se Randall entendia como ele a estava se fazendo sentir, Randall esperando que Beth entendesse qual foi a sua real intenção e o que eles juntos poderiam esperar daquela situação, Rebecca e Miguel esperando o que seria da mudança deles para a Califórnia. E tudo isso colocado na tela através de uma direção que passava justamente toda essa angústia e tensão no ar, esse não foi um episódio de grandes emoções, mas sim uma emoção maior tomando conta de tudo: a angústia.
Queria destacar aqui como novamente a força das mulheres da série vêm à tona, principalmente através da Rebecca dessa vez, que interrompeu firme a briga inútil que Randall e Kevin estavam tendo e citou a situação do dia que Jack morreu e eles estavam esperando no hospital justamente para mostrar o que realmente importa a cada momento. Toda vez que Rebecca expõe as situações pesadas que ela já passou e como ela encara as coisas até hoje eu sempre penso “Que mulher da p*rra!”. E não só ela, mas Beth que se mostra cada vez mais forte e desafiadora, sem deixar se levar e nem se diminuir por ninguém, nem pelo amor de sua vida, Zoe que sempre fugiu de situações complicadas e dessa vez resolveu encarar a pedreira por amor e Kate, óbvio, que apesar do medo e da angústia, tá ali com fé e força acreditando que seu pequeno Jack Pearson (eu sabia que esse seria o nome dele e minha garganta fez um bolo na hora) vai sair dessa, por incrível que pareça, é ela que ta mantendo o equilíbrio do casal nesse momento tão tenso. Que mulheres, meus amigos!
Acho que não tem muito mais o que falar desse episódio já que foi passado praticamente num tipo de cena só. O que nos resta agora? Esperar é claro rs. Esperar pra ver o que vai acontecer com o pequeno Jack, com Kevin, com Beth e Randall…
O que acharam do episódio, estão otimistas quanto ao futuro? Eu, particularmente, estou. Acho que no final tudo vai acabar dando certo, de uma maneira ou de outra.